Um
tribunal de justiça neozelandês deixou nesta segunda-feira visto para sentença
o pedido de liberdade solicitada pelo fundador do portal Megaupload, Kim
Schmitz, em prisão preventiva e cuja extradição os Estados Unidos solicitam por
pirataria informática.
No
final da audiência de cerca de quatro horas de duração, o juiz a cargo do caso
David McNaughton, disse que a decisão será anunciada na terça-feira ou
quarta-feira desta semana.
A
audiência se centrou no pedido de liberdade provisória pagando uma fiança para
Schmitz, mais conhecido por Dotcom, e detido na sexta-feira passada na cidade
neozelandesa de Auckland junto a outros três diretores da empresa com sede em
Hong Kong.
Com
Schmitz foram detidos os também alemães Finn Batato, 38 anos e chefe técnico do
portal; Mathias Ortman, 40 anos e co-fundador do Megaupload; assim como o
holandês Bram van del Kolk, 29 anos.
Entenda
o caso
As
autoridades dos EUA, incluindo o FBI (polícia federal americana) tiraram o
Megaupload do ar e outros 18 sites afiliados no dia 19 de janeiro por
considerar que o site faz parte de "uma organização delitiva responsável
por uma enorme rede de pirataria virtual mundial" que causou mais de US$
500 milhões em perdas ao transgredir os direitos de propriedade intelectual de
companhias. As autoridades norte-americanas consideram que por meio do
Megaupload, que conta com 150 milhões de usuários registrados, e de outras
páginas associadas ingressaram cerca de US$ 175 milhões.
Megaupload
Ltd., e outra empresa vinculada ao caso, a Vestor Ltd, foram indiciadas pela
câmara de acusações do estado da Virgínia (leste) por violação aos direitos
autorais e também por tentativas de extorsão e lavagem de dinheiro, infrações
penalizadas com 20 anos de prisão. Embora tenham participado da operação, as
autoridades da Nova Zelândia não devem apresentar acusações formais contra o
Megaupload, apesar de considerar que a empresa também infringiu as leis sobre
propriedade intelectual deste país.
Em resposta ao fechamento do Megaupload, o grupo de hackers Anonymous bloqueou temporariamente o site do Departamento de Justiça e o da produtora Universal Music, entre outros na noite de 19 de janeiro. De acordo com os hackers, foi o maior ataque já promovido pelo grupo, com mais de 5 mil pessoas ajudando.
Em resposta ao fechamento do Megaupload, o grupo de hackers Anonymous bloqueou temporariamente o site do Departamento de Justiça e o da produtora Universal Music, entre outros na noite de 19 de janeiro. De acordo com os hackers, foi o maior ataque já promovido pelo grupo, com mais de 5 mil pessoas ajudando.
O
anúncio do fechamento do Megaupload ocorreu em meio a uma polêmica nos Estados
Unidos sobre uma proposta de lei antipirataria, o Sopa, que corre na Câmara dos
Representante, e o Pipa, que é debatido no Senado, contra as quais se
manifestou, entre muitos outros, o site Wikipédia, interrompendo seu acesso no
dia 18 de janeiro e o Google mascarando seu logo. O protesto foi chamado de
apagão ou blecaute pelos manifestantes.
Fonte: Youtube
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